Cuckolding é um termo surgido na literatura inglesa no começo do século 13 que se referia a maridos traídos que acabavam criando sem saber um filho fruto de infidelidade. Inicialmente, a palavra fazia referência direta ao pássaro cuckoo, este possui o hábito de colocar seus ovos em ninhos de outros pássaros fazendo com que outra ave crie seus filhotes.
Já o cuckolding praticado pelas pessoas como fetiche nada tem a ver com as explicações acima. No entanto, o nome ficou. Continue lendo e entenda.
Cuckolding
É um fetiche em que a pessoa fica excitada sexualmente ao assistir seu parceiro/a fazer sexo com outro/a.
Independe do gênero e orientação sexual
É uma prática que não é específica a nenhuma orientação sexual ou gênero e envolve elementos do BDSM, como humilhação, dominação ou submissão através da traição consentida. A terceira pessoa é chamada de bull.
Humilhação excitante e diferenças do ménage
Para ser cuckolding deve haver certos elementos envolvidos. Segundo o escritor Dan Savage, autor de um artigo sobre o tema e contou em entrevista à BBC, deve haver excitação com humilhação e degradação para ser considerado cuckolding.
Desta forma, o ciúme e a competitividade farão com que o desejo sexual aumente entre o casal para turbinar as relações entre os dois, além do traído consentido ser passivo e não participar do ato, mas apenas observar.
Portanto, o prazer se encontrará na humilhação de ver outra pessoa dando prazer ao seu parceiro/a demonstrando total submissão enquanto apenas assiste. Então, é diferente do ménage, já que não existe participação ativa do traído/a.
Consentido
Vale a pena ressaltar que esse fetiche é feito de maneira consentida, a pessoa deseja ser humilhada e consente que seu parceiro/a faça sexo com outra pessoa.
Cuidados essenciais
Para que o cuckolding dê certo, o relacionamento deve ser saudável, além de existir abertura para conversas. Caso contrário, o resultado poderá ser desastroso.
Se o relacionamento for marcado por abusos, ansiedade, medo por rejeição ou abandono, falta de abertura para diálogo e intimidade, além de houver falta de planejamento de detalhes e não for uma fantasia consensual, a experiência poderá ser negativa.
Portanto, se está considerando realizar esse fetiche, saiba que não é para todos. Deve haver honestidade, integridade, mutualidade, comunicação e os valores devem ser compartilhados pelo casal. Se estes passos forem seguidos é possível ter aumento de intimidade e colher bons benefícios.
Como praticar
A primeira regra é a consensualidade. Depois, deve haver uma conversa sincera considerando que o relacionamento é saudável.
Para quem possui receios iniciais, mas já acertou que quer realizar essa fantasia, a dica é começar lentamente e antes de ver o parceiro/a fazendo sexo, ouvir ele trocar telefonemas ou ver mensagens por texto nas redes sociais ou WhatsApp picantes para ver como os dois se sentem.
Além disso, detalhes devem ser acertados sobre o que pode ser dito ou feito, como trocas de fotos ou informações íntimas do casal, por exemplo, além de muitos outros.
Também vale ressaltar que a pessoa ou o casal deve ter a liberdade de pode mudar de ideia a qualquer momento.
Se não quiser envolver um bull logo de início, a dica é pedir que o parceiro/a conte fantasias sexuais imaginárias envolvendo uma celebridade ou qualquer outra pessoa, por exemplo, contando com riqueza de detalhes.