Segundo uma publicação da revista Women’s Health, o termo ‘’lésbicas’’ foi o mais procurado na plataforma PornHub em 2019 pelas mulheres, além de ter sido o mais buscado nos Estados Unidos de forma geral.
Isso não quer dizer que as mulheres estão mudando sua orientação sexual, já que apenas 1.3% se identificam como lésbicas e 4.3 são bissexuais. Mas, o interesse fez crescer questionamentos.
Será que apenas é curiosidade, estas pessoas estão buscando algo para procurar e inovar na cama ou está ocorrendo uma mudança na exploração da sexualidade?
Segundo a educadora sexual com PhD Wendasha Jenkins é totalmente normal gostar de pornô lésbico se for hétero. Isso não será um indicativo se a pessoa é lésbica ou bissexual e não há nada de errado em explorar a orientação sexual.
De acordo com Jenkins assistir a qualquer tipo de pornô é uma forma de saber o que gosta ou não, é sobre prazer. Além disso, a categoria ‘’lésbica’’ do pornô oferecem atrativos que o fazem ser popular para mulheres.
Pornô lésbico foca no prazer vaginal e clitoriano
De forma bem básica, o prazer é centrado apenas nos órgãos sexuais femininos. Isso se torna um atrativo. Afinal, o padrão hétero acaba centrado no prazer masculino.
Essa categoria é mais sensual, erótica, sensível, tem bastante preliminar, uso de brinquedos sexuais e bastante estimulação do clitóris.
Se identificam mais
Segundo a psicóloga e terapeuta sexual com PhD, Janet Brito, assistir esse tipo de pornô pode criar uma identificação, facilitar a aceitação do corpo feminino e até mesmo demonstrar desejo daquele tipo de estímulo imaginando o parceiro/a.
Fluidez explorada
Mulheres acabam buscando um pornô ideal que realize suas necessidades. Já que a maioria dos filmes padrão são focados no prazer masculino, é normal ir para uma categoria que explore desejo e outras formas de sexo, que não envolvam penetração necessariamente.
Então, mesmo se a orientação sexual for heterossexual, todo mundo deve ter um espaço para explorar a fluidez da sexualidade, sem alterar sua orientação inicial ou seguir uma narrativa fixa identitária.
Além disso, a positividade sexual é desencorajada e motivo de vergonha. Por isso, não existe muita abertura, mas essa tendência é crescente e pode mostrar que a sexualidade das mulheres pode ser explorada.
Ser fluida independente da orientação com exploração de fantasias e conseguir se excitar através de uma maior quantidade de atos, narrativas e corpos diferentes.
Segundo a sexóloga certificada Gigi Engle, a sexualidade pode mudar durante o decorrer da vida da pessoa. No entanto, esse assunto é bem mais complexo e as pessoas acabam desencorajadas a explorar suas curiosidades.
Engle ainda afirma que não é preciso se rotular imediatamente quando está fazendo esta exploração e é importante ouvir experiências de outras pessoas. Desta forma, muita coisa pode ser descoberta sem pressão.